
A celebração contou com a presença do grupo Oficina da Capoeira, que se apresentou na Praça Tiradentes e logo após se juntou aos presentes no pátio externo do Casarão para ouvir uma palestra sobre cultura afro brasileira e preconceitos no século XXI, ministrada pelo folclorista, congadeiro e músico Mestre Saúva. Após a palestra, foi rezado o terço pela Guarda de Congo do Casarão sendo seguido pelo levantamento da bandeira e confraternização dos presentes com a tradicional feijoada.
Para o senhor José Roberto, coordenador de cultura popular do Centro Cultural e da Guarda de Congo do Casarão, congadeiro que dá nome à biblioteca do folclore, o dia 13 de maio é um dia muito especial para a cultura brasileira, pois nos traz à memória parte importante de um passado recente que ainda deixa marcas. “Essa manifestação muito rica, que mistura a cultura, herança africana e fé, nos faz lembrar dos tempos da escravidão e reforça a luta diária contra o preconceito e as diferenças. Conhecendo nosso passado vamos construindo nosso futuro resgatando nossa origem e responsabilidade com o passado e com a história” conclui.
A abolição da escravatura no Brasil
Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros e dificilmente sobreviviam, em função das péssimas condições. Após o desembarque, eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana. A situação, mesmo recorrente, era considerada abusiva por parte de uma minoria (os abolicionistas).

O primeiro passo para a liberdade foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871), que tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Finalmente, em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, a liberdade total foi alcançada pelos negros no Brasil.
Preto Velho

Mandingueiros poderosos, com seu olhar perscrutador sentados em seu banquinho, fumam cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral, suas baforadas fazem a limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.
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