Blog oficial do Centro Cultural Nhô-Quim Drummond - Casarão

Blog oficial do Centro Cultural Nhô-Quim Drummond - Casarão - Praça Tiradentes - Sete Lagoas/MG. Informações: (31) 3772-3878

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Projeto Africanidades no Casarão

Passos para valorizar a cultura de todos nós
Oito adolescentes e um professor-coreógrafo especialista em dança afro dão o primeiro passo para que o projeto Africanidades seja realidade. Idealizado pela Secretaria de Cultura e Comunicação Social, ele teve início no mês de junho e as expectativas são muito positivas. As aulas acontecem todas as terças e quintas, de 18h às 19h, no Centro Cultural Nhô Quim Drummond - Casarão, gratuitamente para adolescentes. “Temos o objetivo de montar um grupo de dança mesmo, não são oficinas, mas aulas para preparar e aperfeiçoar as alunas”, explica o secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, sobre a proposta do projeto. Ainda de acordo com o secretário, a ideia é valorizar, por meio desse trabalho, a cultura afro. “Mais especificamente a capoeira, o moçambique e o congado”, complementa Antoniazzi.

O aperfeiçoamento da técnica, o comprometimento das alunas com o trabalho e o reconhecimento da população são ações que, combinadas, podem proporcionar chances para Sete Lagoas se projetar na cena cultural mineira e até mesmo nacional. “Vamos nos esforçar para a formação desse grupo, para que ele cresça e apareça em festivais e apresentações aqui e fora de Sete Lagoas”, afirma o professor e coreógrafo Marcos Miranda, que estuda e trabalha há 20 anos com a expressão corporal com base na cultura afro-brasileira e primitiva.

E o trabalho, com esse propósito, não é fácil. De acordo com Marcos, as referências para esse projeto são muito discrepantes de tudo que as alunas gostam, do que é culturalmente aceitável. “É outro estilo de dança, muito diferente de tudo que toca nas rádios, na televisão”, conta o coreógrafo. Por outro lado, as expectativas são as melhores, porque, segundo Marcos Miranda, é um trabalho de pesquisa e de quebra de paradigmas muito grande. “Nos ensaios as alunas fazem um trabalho corporal de quebra da erotização da dança, busco despertar nelas o interesse pelo folclore, pela história da cultura delas, é uma busca pelo resgate da tradição”, conta o coreógrafo.

O projeto Africanidades prevê ainda a expansão para a comunidade da Estiva, com aulas gratuitas de capoeira e dança para os moradores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário