Blog oficial do Centro Cultural Nhô-Quim Drummond - Casarão

Blog oficial do Centro Cultural Nhô-Quim Drummond - Casarão - Praça Tiradentes - Sete Lagoas/MG. Informações: (31) 3772-3878

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Feira de orquídeas enfeita Casarão

Colecionadores e apreciadores de orquídeas participam, neste final de semana, da 59ª edição da exposição da Sociedade Orquidófila Setelagoana (SOS), feira que traz mais de 40 produtores da região para o Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, o Casarão. A expectativa é atrair cerca de 1.500 visitantes. A entrada é gratuita.

A presidente da SOS, Maria José de Assis, antecipa que exemplares das plantas estarão à venda e o público presente poderá concorrer ainda ao sorteio de orquídeas. Assim como nos anos anteriores, a mostra de 2011 premiará as melhores plantas brasileiras, estrangeiras e híbridas.

A abertura oficial será às 20 horas do dia 20. No sábado (21), a visitação ocorrerá das 9 às 21 horas. Já no dia 22, o horário de funcionamento será das 9 às 16 horas. O Casarão fica na Praça Tiradentes, Centro. O evento tem o apoio da Prefeitura de Sete Lagoas, por meio da Secretaria de Cultura e Comunicação Social.

Congadeiros festejam fim da escravidão


A libertação dos negros da escravidão, ocorrida há 123 anos, foi festejada pelos setelagoanos na última sexta-feira (13) pela Guarda do Congo do Casarão. Com as rezas e batuques ensinados pelos antepassados, 50 congadeiros comandaram a celebração da data cívica no Museu Histórico e Centro Cultural Nhô-Quim Drummond para mostrarem que as raízes afro-descendentes estão vivas e devem ser preservadas.

Em frente ao altar montado no pátio do Casarão, a honra a Nossa Senhora do Rosário abriu os trabalhos como dita a tradição. Os congadeiros saíram do anonimato para incorporarem os papeis de guardiões da corte. Nos cantos e bailados, as expressões de lamento e alegria reverenciaram a luta dos libertos e fortaleciam a fé que os protegem.

Formado o cortejo, homens e mulheres caminharam em direção ao museu para buscarem o símbolo sagrado do culto: a bandeira. No retorno ao Centro Cultural, o rufar dos tambores anunciou: hora de abrir os portões para a passagem da procissão que cantava o “Lamento do Negro”, como aprenderam com os pais e avós, para que, em seguida, o mastro do congado fosse erguido em meio ao anfiteatro.

Essa foi a segunda vez na cidade que a Guarda do Congo do Casarão comemorou a abolição da escravatura e os dias de Preto Velho e Nossa Senhora de Fátima. “A valorização da cultura afro em Sete Lagoas fortalece a diversidade cultural e ajuda a combater o racismo”, entende o secretário de Cultura e Comunicação, Fredy Antoniazzi. O 13 de maio também foi o momento de estreia da primeira farda da Guarda que representa o município nos eventos culturais.


Tradição, fé e luta - Após o fim da escravidão, os negros puderam bater o tambor do congo livremente, conta o coordenador de cultura popular da Prefeitura, José Roberto de Souza. Em Sete Lagoas, os movimentos centenários surgiram no antigo Garimpo, hoje bairro Santa Luzia, e também na Catarina. “Antigamente, os grupos sofriam com preconceito e eram impedidos pela polícia e Igreja de manifestarem nas ruas devido à crença de serem baderneiros e feiticeiros”, narra.

O coordenador diz que a discriminação ao congado está quase no fim. “A vinda de novos padres para a cidade permitiu a compreensão de que a manifestação religiosa não fere os dogmas da Igreja”, afirma. Souza avalia que a criação de uma associação fortaleceu a representação dos 22 grupos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Sete Lagoas faz festa dia 13 de maio

Os 123 anos de Abolição da Escravatura no Brasil serão comemorados pela Prefeitura de Sete Lagoas na próxima sexta-feira (13), a partir das 12 horas. A celebração marca o Dia de Nossa Senhora de Fátima e o Dia do Preto Velho. A procissão sairá do Museu Histórico em direção ao Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, o Casarão. A participação é aberta ao público.

Após o cortejo dos congadeiros, o Centro Cultural abre as portas para receber a reza do terço comandada pela Guarda do Congo do Casarão e levantamento da bandeira. Em seguida, a festividade terá apresentação da Companhia da Capoeira. As atividades fazem parte do projeto “Africanidades” da Secretaria de Cultura e Comunicação Social para preservar a cultura afro-brasileira. Os participantes poderão conferir ainda a mostra de fotografias históricas “Um salto para liberdade”, que narra o percurso do esporte-arte na cidade.

O dia 13 de maio de 1888 é a data em que foi assinada a Lei Áurea pela princesa imperial do Brasil, Isabel de Bragança e Bourbon, e pelo ministro da Agricultura da época, conselheiro Rodrigo Augusto da Silva, extinguindo a escravidão. O país foi o último independente das Américas a abolir a escravatura.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Guarda do Casarão ganha primeiro uniforme

Secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, exibe a inédita farda da Guarda do Congo do Casarão. Uniforme pretende dar unidade às apresentações e valorizar cultura popular

A Guarda do Congo do Casarão recebeu hoje (11), pela manhã, as inéditas fardas do grupo. O material será usado pelos 50 integrantes, experientes congadeiros da região, durante as apresentações especiais e festas religiosas. A entrega foi feita pela Prefeitura no Centro Cultural Nhô-Quim Drummond para fortalecer a cultura popular.


O secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, explica que as vestimentas procuram dar unidade aos congadeiros durante as representações oficiais da cidade. Desde a criação da Guarda há três anos, os integrantes se apresentavam com roupas próprias. “O compromisso do governo Maroca é reafirmar a importância do congado para Sete Lagoas”, diz Antoniazzi. Na visão do coordenador da Guarda do Casarão, José Roberto de Souza, os investimentos da atual gestão da Prefeitura têm sido fundamentais para fortalecer o congado regional.

O terno da Guarda é composto por camisa azul, representando a cor do manto de Nossa Senhora do Rosário; calça branca para resgatar a pureza de Maria, mãe de Jesus Cristo; além de quepe, sapato e cinto. Os bordados, botões e detalhes são diferenciados de acordo com a hierarquia na guarda. A produção dos 50 uniformes foi custeada pela Secretaria de Cultura e Comunicação Social e contou com a doação de tecidos pela iniciativa privada

O mais antigo congadeiro da cidade, Luiz Vicente Ferreira, foi o primeiro a ter a farda em mãos. Ferreira conta que começou a dançar há 60 anos quando era criança ao lado do pai. “Participava como marujo, vestindo saiote e capacete de pano”, lembra. Integrante da Guarda do Congo de Santa Rita, o congadeiro conta que passou a compor a Guarda do Casarão para ajudar a preservar as tradições locais e regionais. “O congo não pode acabar”, afirma.

Secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi (dir.), entrega farda do congo para o mais antigo congadeiro de Sete Lagoas, Luiz Vicente Ferreira (esq.)



Representação - A Guarda do Casarão é formada por componentes dos 22 grupos de congado da região e integra o projeto sociocultural “Africanidades” da administração municipal, o qual busca valorizar a cultura afro-descendente. Com sede no Centro Cultural, “a Guarda tem a função de repassar os valores do congado e inspirar a participação de jovens”, explica o secretário.

No próximo sábado (14), os congadeiros irão a Belo Horizonte para visita à rainha conga de Minas Gerais, Isabel Casimira, em evento comemorativo aos 123 anos de Abolição da Escravatura.


Origens do Congado - O capitão do congo, Gilson de Paula, narra que o congado surgiu na África, no país do Congo, para cortejar os reis locais como forma de agradecimento das pessoas aos governantes. Com a vinda de africanos para o Brasil durante o período de colonização portuguesa, sete irmãos congos (as vertentes do culto) desembarcaram em terras brasileiras e tiveram que incorporar traços dos cultos católicos. “Os senhores de engenho não aceitavam escravos não batizados”, conta o capitão.

Com a missão de cultuar Nossa Senhora do Rosário, as guardas do congo de Sete Lagoas representam soldados que protegem os reis e rainhas, assim como a coroa. O uniforme possui traços das fardas de marinheiros. “A lenda diz que os marujos negros encontraram, no mar, a imagem de Nossa Senhora e, desde então, as roupas passaram a fazer parte do congado”, explica Gilson de Paula.

Nas festas em honra à santa, os escravos rezavam e, segundo o capitão Gilson de Paula, as autoridades aproveitavam a ocasião para emprestar roupas e jóias, como forma de acalmar os negros devido à condição de submissão.

Para manter viva a tradição, congadeiros formam a Guarda do Congo do Casarão

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Quinta na Praça com seresta para as mães



Veja como foi a homenagem da primeira edição do ano do projeto Arte Quinta na Praça para as mães. No coreto, os shows do coral do grupo Convivência Dona Dochinha e o Clube da Serenata de Sete Lagoas.

Clube da Serenata de Sete Lagoas

Coral do grupo Convivência

Feira de Artesanato das Mães no Casarão


A Feira de Artesanato do Dia das Mães encerra amanhã, dia 7 de maio, às 17 horas. A mostra reúne trabalhos de 30 expositores no Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, o Casarão. No local, os visitantes encontrarão presentes especiais e únicos para mães e filhos, desde artigos de fuxico, bijuterias a patchwork, caixas e flores artesanais. A entrada é gratuita. A exposição de artesanatos locais feitos especialmente para o Dia das Mães acontece há mais de dez anos.

Casarão mostra história da capoeira

O Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, o Casarão, abriga, de 10 a 14 de maio, uma mostra de fotografias que narra a história da capoeira em Sete Lagoas. As visitas são abertas ao público das 8 às 18 horas. A iniciativa é do projeto sociocultural “Um salto para a liberdade” da Companhia da Capoeira, com apoio da Secretaria de Cultura e Comunicação Social.